Lyon, 17 de outubro de 2004.
Oi mãe, pai, Lucas e Gordo!
Hoje teve sol, muito acanhado, mas teve. Dormimos até tarde e depois saímos em direção ao Museu da História da Resitência e Deportação, que fica em Part Dieu, atravessando o Rhône. Fomos de metrô e depois bonde, é isso mesmo, aqui tem bonde. Adoramos o museu, muito legal mesmo, principalmente para quem curte história da Segunda Guerra. Ele fica onde a Gestapo estava instalada aqui em Lyon, podem imaginar? E nós não sabíamos que Lyon foi a capital da resistência francesa, sendo que foi bombardeada em 1944.
Vimos muitas fotos, vídeos e documentários, o máximo. Tinha até uma réplica das casas como eram naquela época. E um vagão de trem que entramos e lá simulava a deportação dos judeus para os campos de concentração. Todo o museu é super escuro e em meio a ruínas, pois o próprio prédio foi bombardeado também. Então dava a sensação de que estávamos em meio as ruínas.
Vimos livros com o nome de todos os judeus que foram deportados, roupas (aquelas dos filmes, só que reais, claro, que os judeus usavam: listradas com a estrela de Davi pregada). O museu é lindo. Muito impressionante.
Depois caminhamos até Presqu’île para almoçar e fomos lanchar na Brasserie da Haagen Dazs. Minha coca-cola saiu por 13 reais e o lanche todo por uns 50 reais. Comi crepe com sorvete e o Renato somente sorvete.
Ontem fomos em um restaurante aqui na Mercerie muuuuuito bom, chama Hipo e já vi que tem um na rua de pedestres também. Estava tudo ótimo até um fedorento de um francês chegar e sentar atrás de nós com aquele fedor…. Ele tirou o casaco e eu quase vomitei. Como alguns fedem, é incrível!! Hoje lá na Haagen Dazs também passou um cara fedendo.
Tiramos mais fotos, mas definitivamente não vai dar para conectar do quarto e daqui no hall do Apartamento não conseguimos anexar. Então o Renato vai levar pra Koyo amanhã e vai passar pra vocês.
Ah! Tem uma história engraçada para contar. Quando viajamos do Brasil pra cá, conversamos com um casal em São Paulo que estava no mesmo vôo. A senhora contou que a primeira vez que veio pra França achou o pessoal daqui muito simpático, pois em todos os lugares desejavam sorte pra eles. Até que um dia se deu conta que na verdade sortie (que está escrito em todos os lugares) significa SAÍDA e não sorte!! Agora cada vez que vemos sortie eu e o Renato comentamos a história e agradecemos a “este povo tão gentil”. Não é um sarro?
Bem, vamos subir e descansar da nossa super caminhada.
Mil beijos, saudades!
Dani















Que gostoso ler essa carta. As fotos como sempre lindas.
CurtirCurtir
Adoramos a cidade. Se conseguirem, estiquem um bate e volta até Chamonix.
CurtirCurtir